O ser humano pode tornar-se escravo de sua própria invenção. Infelizmente, isso já acontece. A tecnologia assumiu um posto jamais alcançado no coração do homem por outra coisa ou pessoa. Na verdade, não se trata da tecnologia em si, mas o que pode proporcionar ao homem sedento de realização nos mais diversos tipos de interesses.
Consequentemente, pode excluir Deus de sua vida, não se permitindo mais uma existência oracional nem tempo para a Palavra de Deus. Ocorre que, com o avanço da técnica, o gosto pelo "fazer", pelo "criar" por parte do homem, tornou-se mais fácil e fascinante ao mesmo tempo. O fato de se produzir algo é prazeroso e estimulador de ilusões soberbas. A técnica está fazendo o homem sonhar com o inimaginável e com a possibilidade de expulsar Deus para sempre do meio do mundo. Estranhamente, a tecnologia está conduzindo o homem à sua mais primitiva forma de prazer, um dado, portanto assustador, pois o que se manifesta no mundo como um todo é, justamente, a realidade animalesca de cada indivíduo. Invés de se revelar um "deus", manifesta-se um feroz animal.
As relações com as pessoas de modo geral e com a família podem ser afetadas negativamente ou deixarem, inclusive de existir, apesar de visual e aparentemente serem tão claras. Sem dúvida alguma, a tecnologia favorece a comunicação entre as pessoas, facilita diálogos, possibilita rapidez jamais vista em outros tempos nas transmissões de ideias, entre outras coisas. Por outro lado, essa mesma tecnologia empobrece a experiência viva, "quente", próxima, porque, apesar do visual, ela afasta, possibilita muitos focos e atenções múltiplas. Além disso, ela tem o poder de travar relacionamentos pessoais, fraternos e esfriar relações de paternidade, maternidade e filiação. Não raro, escuta-se alguém reclamando do estado de indiferença entre pais e filhos, professores e alunos, esposa e esposo etc.
O uso das máquinas pode aumentar o desemprego já tão concreto em tempo de pandemia vírus e pandemia corrupção. Por outro lado, é verdade que a tecnologia traz consigo outras formas de empregos. Basta ver, por exemplo, a multiplicação absurda de youtubers, técnicos em computação, engenheiros da tecnologia e em tantas outras obras. Especializações em áreas da tecnologia têm aumentado muitíssimo. A questão é que, faltando investimento em uma educação atualizada, muitos continuarão presos a velhos sistemas, o que não se segurará mais daqui pra frente. O grande mal para o desemprego não é a tecnologia em si, mas a corrupção política. A maioria dos políticos não pensa no bem para a população, não desenvolve o melhor para seu povo, não investe em tudo aquilo que eleva uma nação desde os mais simples aos mais abastados. O desemprego é filho direto da corrupção de um país.
O que fazer?
Procurar ter uma vida de oração plena de desejo e vontade de Deus. Orar sem cessar. Não perder tempo.
Dedicar-se à Palavra de Deus.
Arrumar tempo para aprender.
Tornar a caridade um costume e ter fascinação para com ela.
Não ter medo de realizar a maior revolução que existe: mudar de vida, converter-se verdadeiramente, viver de Cristo, com Cristo e para Cristo.
Colocar-se, de modo total, sob o olhar de Deus.
Amar absolutamente a Deus e, por causa DELE, amar o próximo como Jesus Cristo amou.
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