1. Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as outras ervas, mas deixais de lado a justiça e o amor de Deus. Vós deveríeis praticar isso, sem deixar de lado aquilo. Formalismo, prescindindo da justiça e do amor de Deus é como que um monstro. Um discípulo de Cristo deve praticar a liturgia como manifestação da ação salvífica de Deus e não como cadeia pessoal. A beleza de alguém se encontra no modo como se coloca no mundo, levando em conta uma total dedicação às coisas de Deus e ao cuidado daqueles que necessitam de quase tudo. O brilho de uma vida está na prática do bem que ela desempenha.
2. Apego as honrarias. Os discípulos devem ter como única alegria a beleza de servir humildemente ao Senhor, sem medo de enfrentar as possíveis rejeições, das mais simples às mais cruéis. Querer honra, significa anunciar a si mesmo, preocupar-se com o próprio "mundinho" pessoal, deixar-se aprisionar pelas armadilhas das conquistas alcançadas, ou mesmo de uma realidade que a si não pertence.
3. Viciados. Jamais um discípulo deve colocar sua vida na aparência de santidade, mantendo uma carniça dentro de si. Há muitos viciados em aparecer, gostam dos louvores, dos aplausos, da aldeia que construíram, de serem chamados grandes, insuperáveis, santos, impecáveis, conhecedores da lei, etc.; tais coisas fazem parte daqueles que usam o nome de Deus, a Lei de Deus, para se esconderem e manipularem os outros. É um vício terrível!
4. A Lei como um peso. Os discípulos não devem jamais se assemelhar aos hipócritas mestres da lei e aos escribas. Sua vida deve ser um dom, seu prazer, fazer exclusivamente a vontade de Deus; sua alegria: servir desinteressadamente; sua riqueza: o próprio Cristo Mestre, único Mestre; sua missão: libertar o mundo do julgo do pecado, dando às pessoas a possibilidade da salvação. Os mestres da Lei, apegados à Lei, mas pensando em si mesmos, em tirar proveito e tê-la somente para o próprio mundo judaico. A Lei de Deus é libertação e é universal. Somente quem se torna um dom para o outro em Jesus Cristo pode, de fato, ser capaz de, na prática, dar à Lei seu verdadeiro sentido e ação.
Um forte e carinhoso abraço