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"TEOLOGIA DA SITUAÇÃO
Chamo de "teologia da situação" o discurso fundamentado nos fatos cotidianos, nas afirmações desenraizadas de muitos jovens, na ideologia feminista, na natureza, nas ideologias costumeiramente sopradas dentro e fora da Igreja, entre outras coisas. Uma das coisas que chama atenção nessa forma de pensar é que não existe nenhum interesse autêntico pela Revelação Divina. As bases de tal pseudo "teologia" podem ser encontradas em fatores, como subjetivismo, relativismo e racionalismo. Além disso, por ser desvinculada da Revelação, não possui nenhum fundamento que a justifique como tal. Deus não é aquele para o qual tudo se move, mas tão somente um garantidor da situação e sem necessidade de transformação interna, isto é, sem nenhuma exigência de mudança de vida, de conversão. Assistência social é a forma mais importante da possibilidade salvífica de uma pessoa. Nesse caso, a preocupação não se concentra em dados como fé, conhecimento de Deus, práticas doutrinárias e vivência litúrgica, consideradas coisas do passado, de uma realidade atrasada e, portanto, medieval. Questões como conhecimento e aprofundamento de fé e de moral eclesiástica não são "agradáveis" no contexto e em ações existenciais. Consequentemente, não se faz necessário deter-se na "perda de tempo" em bancas de estudos. Louvados são todas ações voltadas para uma entrega pastoral de natureza social. Argumentos são desnecessários quando não inseridos na "lógica ideológica do pobre" desprovido de si e perdido na multidão da coletividade.
A "teologia da situação" concebe o povo como aquele que não precisa de palavras, conceitos e definições, mas de comida e bebida, respeito e dignidade material. O povo necessita de valorização ideológica e não de doutrina cristã. Assim, mediante tal preocupação, tal teologia trata o ser humano como incapaz de pensar, refletir e tomar decisões abstratas, assemelhando-o, portanto, aos animais de estimação, o pobre ideologizado, base da manutenção de uma elite dominadora.
Quando se tenta compreender mais profundamente uma tal "teologia", conclui-se que nada mais é do que um olhar afetuoso, irresponsável, infantilizador e ingênuo para com o povo simples. Infantilizando o povo, aniquila-o no seu pensar, na sua inteligência e na sua liberdade. Aos poucos, malignamente, os donos do "saber" e do "poder" formam uma grande "massa-de-manobra", uma multidão de manipulados justificadores de ideias atrozes, ferozes e eliminadoras do desenvolvimento das consciências. Com uma falsa "teologia de situação" e um povo acrítico, escravo, justificam-se todo tipo de informação errônea sobre Deus, o homem, o mundo e a natureza.